O início do quinto encontro do componente Matemática e Espaço, sucedido no dia 10 de julho, foi marcado pela união de vários objetos artesanais, oriundos de significativas tradições culturais, perpassadas por várias gerações e que além de apresentarem fundamentos matemáticos (que são os padrões geométricos presentes na estrutura de cada utensílio), existem diversas finalidades, histórias, justificativas e técnicas de construção. Dentre os inúmeros produtos expostos, teve as esporas, como representação da vaquejada nordestina que é um costume herdado e reproduzido ao longo das sucessões, hoje ela se tornou um esporte que cresce a cada ano, no entanto, há pouco tempo atrás houve uma grande polêmica acerca da criminalização desse exercício, pelas mais diversas acusações, mas foi elaborado um consenso entre o poder legislativo e os atletas, e foi decidido então que essa atividade poderia existir, desde que exigências necessárias fossem cumpridas. Houve também a exibição de outros instrumentos artísticos, como o pilão, a cerveja artesanal, o vinho, etc e discutido todo o processo de fabricação de tais produtos.
Ademais, foi explicado e retomado, com mais detalhes, em sala de aula, o conceito de simetria, e aplicado na prática por meio da detecção dessa definição nas mariposas associado ao seu padrão formado por quatro planos (isso devido a junção de várias mariposas).
Além disso, nessa aula, iniciou-se os estudos a respeito da Geometria Sona, caracterizada pela difusão de relatos históricos, enigmas, jogos... usando um elemento educativo (desenho na areia) como meio para otimizar a forma de ser transmitida a mensagem e de memorizar, pois, logo em seguida, esse desenho é apagado, mas o aprendizado fica marcado na memória, e é passada para outras pessoas.
Nota-se que a riqueza dessa cultura, originada pelos povos africanos Cokwe, Luchazi, Ngangela do leste da Angola e de regiões vizinhas deve ser explorada, apropriada e compilada, através de muitos registros.
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